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Timóteo lança serviço pioneiro de acolhimento familiar de crianças e adolescentes

(Divulgação/Prefeitura Municipal de Timóteo)
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Programa Bem Me Quer – Família Acolhedora tem como finalidade acolher crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e que precisem de um lar provisório

A Prefeitura de Timóteo, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, lançou na manhã desta terça-feira (17) o Programa Bem Me Quer – Família Acolhedora que tem como objetivo, como o próprio nome diz, acolher crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e que precisem de um lar provisório.

Participaram da solenidade o prefeito de Timóteo Douglas Willkys; o vice-prefeito e secretário municipal de Educação, José Vespasiano Cassemiro, o Professor Vespa; o promotor de Justiça e coordenador regional da Coordenadoria dos Direitos da Criança e Adolescente do Vale do Rio Doce, Marco Aurélio Romeiro Alves Moreira; a assistente social e doutora Jane Valente; o prefeito de Marliéria, Hamilton Lima; a secretária municipal de Assistência Social, Rosanna Borges, além de representantes do Conselho Municipal da Criança, do Conselho Tutelar, líderes religiosos, dentre outros. Todas as medidas sanitárias como o uso de máscaras, álcool 70° e distanciamento para evitar aglomeração foram respeitados durante o evento que ocorreu no auditório da prefeitura.

Rosanna Borges lembrou que existe uma lei desde 2010 que prevê a implantação do serviço de acolhimento familiar, mas que só agora está sendo implementada no Município. “É muito importante esse programa para crianças e adolescentes que, por algum motivo, precisem ser afastadas do convívio da família de origem; agora elas passam a contar com mais essa possibilidade”, cita a secretária, lembrando que o acolhimento é provisório por um período de no máximo 18 meses, após a autorização da Justiça.

O Município de Timóteo já conta com acolhimento institucional. Atualmente 25 crianças/ adolescentes estão acolhidas no Instituto Presbiteriano Êxodo – IPÊ e no Serviço Municipal de Acolhimento.  Para participar do programa a família interessada pode se inscrever por meio do portal da Prefeitura de Timóteo. Após ser selecionada, a família é capacitada e passa a receber a criança e/ou adolescente assim que a Justiça autorizar o acolhimento através de um termo de guarda. Cada família participante tem direito a receber uma bolsa auxílio no valor de um salário mínimo que deve ser usada exclusivamente nas despesas com a criança e/ ou adolescente acolhido.

Durante a sua fala, o prefeito Douglas Willkys ressaltou que o trabalho feito pela equipe da Secretaria de Assistência Social fazem toda a diferença e que a presença de representantes de diferentes setores organizados da sociedade demonstra o esforço conjunto para melhorar ainda mais um serviço que já é referência para toda a comunidade.

“Sei o quão importante é uma criança e um adolescente receber apoio e não ser tratada como um problema. Nada supera o poder de uma família em moldar o caráter de um cidadão. É com muita responsabilidade que recebemos esse desafio de convencer as famílias timotenses a fazerem a diferença na vida de crianças e adolescentes que precisam de apoio num momento de dificuldade. Espero que essa iniciativa também sirva de exemplo para outras cidades”, pontuou o prefeito Douglas Willkys.

 

Pioneirismo

O promotor de Justiça Marco Aurélio Romeiro Alves Moreira destacou o pioneirismo do Município de Timóteo ao implantar o programa Bem Me Quer – Família Acolhedora. “Temos que parabenizar o Município de Timóteo pela iniciativa de oferecer esse programa que proporciona vínculos afetivos para crianças e adolescentes; e isso só uma família pode oferecer”, destacou.

Na avaliação da doutora Jane Valente para que este serviço de acolhimento familiar tenha sucesso é preciso o envolvimento de todos, incluindo o Município, a Justiça, o Ministério Público, as lideranças religiosas e comunitárias. Para a assistente social e autora de livros sobre o tema, a criança e o adolescente são prioridade na proteção social e por isso é importante criar uma cultura de famílias acolhedoras.

Jane, que atua há 40 anos como profissional da Assistência Social e há 23 anos especificamente com acolhimento familiar, também destacou a relevância de fazer investimentos contínuos para melhorar cada vez mais a qualidade do serviço oferecido. “Trata-se de uma medida protetiva para receber crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, sendo uma criança abrigada por família ou grupo de irmãos”, citou, acrescentando que o acolhimento familiar deve prevalecer ao acolhimento institucional.

 

Números

Segundo dados de 2018 apresentados por Jane Valente o Brasil possui 2.834 unidades institucionais de acolhimento, 31.769 crianças/adolescentes acolhidos, sendo que 40% desse público ficam até seis meses nas instituições. Já o serviço de acolhimento familiar conta com 332 serviços de acolhimento, 1.377 crianças/adolescentes acolhidas, 1.625 famílias receptivas e 82,5% ficam até seis meses abrigados em casas de famílias.

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