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Polícia Civil indicia homem que matou namorada grávida em Ribeirão das Neves

Delegados de Ribeirão das Neves deram detalhes do caso nesta sexta-feira Foto: Alex de Jesus
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Um homem de 22 anos foi indiciado pela Polícia Civil pelo assassinato da namorada, de 15, a facadas em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. A adolescente estava grávida de oito semanas e foi morta na frente da filha do casal, de apenas 1 ano e 4 meses. Em coletiva, nesta sexta-feira (14), a instituição deu detalhes do caso. Em depoimento, o criminoso alegou que a vítima provocava ciúmes nele alegando que “existiam homens melhores e que a garotinha não era filha dele”.

O crime aconteceu no dia 28 de abril, no bairro Jardim Colonial, na casa da família da jovem. O casal começou o relacionamento amoroso quando a garota tinha 13 anos, chegou a morar juntos na capital, mas retornou a Neves e resolveram morar em casas separadas.

“No dia do crime, eles saíram da casa dele e foram para casa da família dela. Quando chegaram ao imóvel foi iniciado um desentendimento, o irmão dela estava no imóvel e foi para a rua para não presenciar a briga. O suspeito trancou o portão e desferiu as facadas na vítima que estava no banheiro com a filha. Ao ouvir os gritos, o irmão entrou na casa, a menina foi socorrida até um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos”, explicou a delegada Cristiane Gaspar, da Delegacia de Mulheres.

A vítima teve múltiplas lesões, principalmente nas costas. Depois do crime, o homem fugiu, mas acabou sendo preso no mesmo dia. Ao ser encontrado, ele disse à polícia que usou cocaína depois do assassinato. Durante as investigações, a polícia apurou que o relacionamento do casal era conturbado devido ao ciúme do homem. Ele já teria, inclusive, agredido a adolescente. No entanto, ela e a família não procuraram a polícia para o registro do boletim de ocorrência.

Gravidez

A gravidez da garota foi descoberta durante o relatório de necropsia após ser realizado um exame complementar no útero da vítima. O agressor alega que não sabia da gestação, mas a mãe da jovem disse à polícia que já desconfiava, uma vez que a filha estava com alguns sintomas.

Ainda conforme a família materna, o namoro, quando a garota tinha 13 anos, era proibido, mas os jovens se encontravam escondidos. Como a menor engravidou da primeira filha com menos de 14 anos, a delegada também abriu inquérito para apurar o crime de estupro de vulnerável.

“No dia dos fatos, a princípio, eles estavam bem, mas, ao chegar na casa,  viu um homem saindo de lá. Esse homem, na versão do investigado, a vítima dizia que era ‘melhor que ele’, o que motivou a discussão. Ele foi indiciado pelo crime de feminicídio com as qualificadoras de motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e algumas circunstâncias que aumentam a pena, que são da vítima estar grávida e do crime ter sido praticado diante da filha dela”, detalhou o delegado Fábio Moraes Werneck, da Delegacia de Homicídios.

É preciso denunciar, alerta autoridades

Também presente na coletiva, a delegada regional da cidade, Renata de Oliveira Lima, destacou a importância de se denunciar casos de violência doméstica.

“A gente estimula que as mulheres, ao perceberem os sinais da violência doméstica, busquem ajuda. Que busque a família, a polícia, o serviço social da cidade em que mora. Nós precisamos que as pessoas denunciem e busquem ajuda. A gente precisa da participação da sociedade para evitar esses crimes”, finalizou a delegada.

Fonte: O Tempo

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