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Corpo de veterano de guerra doado para a ciência é usado em “show”

(iStock)
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Quando o americano David Saunders faleceu aos 98 anos, seu corpo foi doado para uma instituição que deveria usá-lo para fins educacionais, mas acabou vendendo o cadáver, que terminou numa “autópsia-show”

Um americano veterano da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) doou seu corpo para uma instituição para que fosse usado com propósitos educacionais. O problema é que o cadáver foi vendido para uma empresa que realizou uma “autópsia-show”.

De acordo com a emissora americana NBC 29, a empresa Death Science afirma não ter informação sobre o homem cujo corpo foi dissecado dia 17 de outubro na cidade de Portland, Oregon (EUA), com ingressos vendidos pela internet. Porém, o cadáver foi identificado como sendo de David Saunders, que faleceu aos 98 anos em Baker, Louisiana (EUA).

O uso indevido do corpo do veterano, que também participou da Guerra da Coreia (1950-1953), “foi horrível e antiético”, na opinião de sua esposa Elsie Saunders, citada pela emissora.

“Tenho toda a papelada que diz que seu corpo seria usado para a ciência. Não há nada sobre a comercialização de sua morte”, reclama a viúva, segundo a NBC 29.

Em resposta ao canal de TV, a Death Science diz que seu contrato com a Med Ed Labs, de Las Vegas (EUA), para quem David Saunders doou seu corpo, certifica que “o cadáver fornecido foi doado para fins de pesquisa, medicina e educação”.

“Meu objetivo era criar uma experiência educacional para pessoas que têm interesse em aprender mais sobre a anatomia humana. Entendemos que o evento causou estresse indevido à família e pedimos desculpas por isso”, afirma Jeremy Ciliberto, que se descreve como consultor de comunicação da Death Science, citado pela emissora americana.

O consultor diz que a empresa pagou mais de US$ 10.000 (R$ 55.400) pelo cadáver. A “autópsia-show” contou com a participação de cerca de 70 pessoas que compraram ingressos avaliados em US$ 100 (R$ 554), para a participação virtual, e US$ 500 (R$ 2.770) para comparecer à dissecação.

A Death Science afirma ainda que a Med Ed Labs forneceu o cadáver, o anatomista, as ferramentas e os equipamentos para o procedimento.

Por sua vez, Obteen Nassiri, gerente da Med Ed Labs, citado pela NBC 29, diz que não sabia que as pessoas iriam comprar ingressos. “A Death Science tinha prometido que tudo seria profissional”, completa.

Fonte: Trendsbr

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