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Universidade de Minas Gerais deve aumentar preço do bandejão de R$ 1,90 para R$ 9,00; estudantes protestam

Estudantes protestam no campus principal da UFV: 'não se estuda com fome'. (Reprodução/redes sociais)
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A Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada em Minas Gerais, anunciou nesta quarta-feira que deve reajustar o preço dos restaurantes universitários (RUs) devido a cortes no orçamento da UFV e à redução do repasse de recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). A possibilidade de aumentar o valor das refeições, de R$ 1,90 para R$ 9,00 (quase 500% a mais do valor atual), fez com que os estudantes protestassem na Universidade e nas redes sociais.

Tópicos como “R$ 9,00”, #UFVTaOsso e #9ReaiséEsculacho dominaram o Twitter, chegando ao assunto mais comentado, nesta segunda-feira. Nesta manhã, estudantes fecharam a entrada principal do Campus para manifestar contra a política de aumento dos preços. O Movimento por uma Universidade Popular (MUP) pede mais diálogo com os estudantes antes que a decisão seja tomada – ela ainda precisa ser aprovada em uma última instância para vigorar.

Junto às hashtags, os estudantes compartilharam imagens dos protestos nas redes sociais. – Que a Universidade honre seu compromisso popular e seja ativa na luta contra o desmonte da assistência estudantil – publicou uma aluna. No chamado “Tuitaço”, os alunos relacionam as consequências do aumento a questões como insegurança alimentar e evasão estudantil. Veja abaixo:

A Universidade afirmou que a proposta ainda será submetida à análise e aprovação do Conselho Universitário e pode sofrer alterações, mas que é necessário que algum tipo de reajuste aconteça – O aumento, será inevitável, em função da atual conjuntura orçamentária da instituição – informou.

Em nota, a UFV argumentou que o valor das refeições não é alterado desde 2006. Também explicou que, sem o reajuste, a Universidade – precisaria, para 2022, de R$ 20 milhões para manter os restaurantes. Isso significaria o dobro do previsto pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o PNAES, considerando a alimentação estudantil – publicou. A instituição acrescentou que esse valor ainda está sujeito a cortes e vetos, o que tornaria ainda mais difícil a situação orçamentária.

O valor do PNAES, que subsidia as refeições do bandejão também é usado nos pagamentos dos auxílios para os estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, manutenção das moradias estudantis e outras ações de assistência estudantil. Contudo, a proposta é de ampliar o número de estudantes assistidos: de 2.095 para 3.110 alunos recebendo subsídios integrais e mais 1.286 recebendo as chamadas “faixas 1 e 2 de subsídios”.

Fonte: O Globo

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