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Homem processa Globo em R$ 160 mil após emissora transmitir sua prisão

(Reprodução/ Globo)
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Durante uma edição do Fantástico, em 2020, a Rede Globo transmitiu a prisão de um homem, acusado de estelionato e corrupção. A reportagem foi transmitida pelo filiada TV TEM, no mesmo ano. Entretanto, o alvo da polícia entrou com uma ação contra a emissora pouco tempo depois, em agosto, e pediu a quantia de R$ 160 mil.

Mesmo cumprindo pena quando entrou na Justiça, o ex-escrevente técnico judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) afirmou que foi indevidamente identificado como cúmplice da Operação Alquimia, da Polícia Federal. Ele abasteceria a quadrilha com informações privilegiadas sobre o processo.

O homem alega que não foi investigado nessa operação e que as imagens rodadas pela Rede Globo foram gravadas pelos próprios policiais. No vídeo, os oficiais o cumprimentam e dizem: “Você tem um mandado de prisão contra você”.

O autor da ação considerou a exibição do momento como irrazoável, já que ele alega que não foi investigado, denunciado ou condenado por extorsão, organização criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro. “a exibição de sua imagem em rede nacional se mostra um descalabro, fato que causou imenso abalo à sua honra e imagem”, justificou.

“A despeito de reconhecer estar preso e já ter sido condenado em 1º grau por diversos crimes, insiste que a reportagem o teria associado à operação de forma inverídica e sensacionalista. Nenhuma indenização cabe no caso concreto”, diz a Globo.

Além da citação, a emissora afirmou que não ligou o autor da ação à Operação Alquimia e, sim, ao fato de ele ter uma acusação do Ministério Público de avisar os interessados sobre os passos do processo. “É lícita a divulgação de investigações oficiais de domínio público”, justificou o canal dos Marinho, acrescentando que a reportagem era de interesse coletivo e cunho informativo, sustentada por fontes oficiais.

O juiz José Elias Themer foi o responsável por julgar o caso em fevereiro de 2021, e julgou improcedentes os pedidos do autor da ação, afirmando que o vídeo teria interesse coletivo e não se tratava de um sensacionalismo. O homem ainda estava preso naquele momento.

O ex-escrevente ainda está recorrendo do caso, tendo sido sua última ação em setembro passado. Por sua vez, a Globo apresentou sua defesa na semana passada.

 

 

 

 

Fonte: Metrópoles

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