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Quase metade dos microempreendedores de Minas Gerais foram solidários durante a pandemia

(Divulgação)
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Levantamento do Sebrae mostra que mais de 40% dos microempreendedores do estado ofereceram ou receberam apoio financeiro ou algum tipo de orientação de outros empresários

Segundo a percepção da maior parte dos microempreendedores de Minas Gerais (60%), em períodos de crise econômica os empresários procuram se ajudar mutuamente mais do que de costume. Esse é um dos resultados de um levantamento feito pelo Sebrae Minas, que também mostrou que 4 em cada 10 empresários de pequenos negócios do estado realizaram algum tipo de ação solidária ou receberam alguma ajuda de outro empreendedor para enfrentar os impactos causados pelas medidas de distanciamento social e fechamento dos estabelecimentos. O estudo foi feito com 1.955 microempreendedores individuais (MEI), entre 17 de abril e 3 de maio deste ano.

Dentre os empreendedores que se envolveram em alguma ação solidária, mais da metade (54%) receberam ou ofereceram ajuda financeira, enquanto 41% disseram ter recebido ou colaborado com orientações sobre questões diversas. Os outros 5% disseram que foram auxiliados ou cooperaram com outros empreendedores tanto com ajuda financeira como compartilhando algum conhecimento técnico ou gerencial.

Apesar de o apoio financeiro aparecer como a principal ação colaborativa entre os empreendedores nos últimos meses, os dados também mostram que quanto maior o nível de instrução do empreendedor, mais a iniciativa de apoio mútuo costuma ser por meio de orientação.

Comparando-se as duas faixas de instrução mais extremas, dentre os que possuem apenas o ensino fundamental incompleto e que se envolveram em alguma ação de apoio, em 63% dos casos essa ajuda foi financeira, enquanto somente 37% ofereceram orientação. Já entre os que têm pós-graduação, em cerca de metade dos casos a ajuda foi com orientações diversas (52%) e em 44% foi de auxílio financeiro. “Provavelmente isso acontece porque os que têm maior nível de instrução possuem mais condições de contribuir repassando esse conhecimento para outras pessoas. É uma mudança no perfil geral do tipo de ajuda, mas não significa que quem tem maior grau de instrução ajuda menos financeiramente”, destaca Paola La Guardia, analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas.

A empresária de Belo Horizonte Rafaela Alcântara, proprietária da loja Sotilè, especializada em moda íntima, apoiou diversos empreendedores durante a pandemia. Com o fechamento das lojas físicas, ela precisou rever rapidamente seus canais de venda e investiu no marketing digital. Suas lives fizeram tanto sucesso que empresários de vários segmentos recorreram a ela em busca de apoio. “Não só orientei como apresentei lives para vários lojistas no início da pandemia”, conta.

A demanda crescente de orientação para outras lojas abriu um novo nicho de atuação para a empresária. “Criei um novo negócio, como MEI, para oferecer consultorias de marketing e promover as lives de venda”, diz.

 

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