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Brasil terá programa de primeiro emprego, diz secretário na OIT

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, em imagem de arquivo — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O Brasil lançará em breve um programa para incentivar o primeiro emprego de jovens, disse nesta terça-feira (15) o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, em discurso na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Bianco também defendeu reformas na governança do organismo, segundo ele, para evitar “politização”.

“Para ajudar na transição para o mundo pós-pandemia, o governo brasileiro está próximo de anunciar medidas que incentivam o primeiro emprego de jovens por meio do pagamento de uma bolsa vinculada ao treinamento desses jovens por empresas privadas, evitando o que conhecemos como ‘efeito cicatriz’, que pode afetar a trajetória laboral daqueles que buscam a entrada no mercado de trabalho em um momento tão conturbado”, discursou.

O secretário se referiu aos programas Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), que têm sido mencionados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em seus discursos. Por eles, o jovem trabalhador receberia cerca de R$ 600, somando as participações da empresa e do governo. Segundo Guedes, há grandes empresas interessadas em contratar pelos programas.

Bianco falou sobre as medidas adotadas pelo governo em 2020. Disse que a reação enérgica permitiu a criação do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), um programa “elogiado por organismos internacionais em razão de sua capacidade de preservar tanto as vagas de trabalho, quanto a renda do trabalhador e a saúde financeira das empresas” e que permitiu a preservação de 10 milhões de empregos, defendeu.

O secretário alou também sobre o auxílio emergencial, que no ano passado foi pago a 60 milhões de pessoas e manteve amparados aqueles que perderam seus rendimentos. O BEm e o Auxílio Emergencial foram retomados em 2021, destacou.

Ele defendeu reformas do sistema de supervisão normativa da OIT, “para aprimoramento e atualização do sistema de supervisão normativa que aumentem sua transparência e objetividade e evitem politização.”

O Brasil defende uma governança “mais democrática, transparente e representativa, em todas as instâncias da OIT”, disse Bianco, e apoia as discussões sobre a seleção de integrantes do Comitê de Políticos para um processo “transparente, objetivo, inclusivo e participativo.”

O país apoia também a elaboração de uma declaração sobre a resposta à crise da covid-19, em discussão na presente conferência da OIT. “A recuperação deve incluir medidas que incentivem crescimento econômico e criação de empregos, inclusive por meio de ambiente favorável aos negócios e aproveitamento das oportunidades geradas pela digitalização e novas formas de trabalho”, afirmou.

Fonte: G1

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