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Eleição da Frente Mineira de Prefeitos (FMP) gera muita polêmica e será judicializada

(Reprodução/Facebook)
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A Frente Mineira de Prefeitos (FMP), entidade municipalista com foco de atuação nas cidades polos de Minas com mais 15 anos de atuação, teve eleição sem convocação devida e sequer permissão de participação de prefeitos na reunião on-line, com pouquíssima representatividade e pluralidade. A falta de transparência promete novos capítulos polêmicos.

Como noticiado pela imprensa estadual (Jornal O Tempo), na última quinta-feira, 12/8, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil foi “eleito” presidente e o de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira, “vice-presidente”. Também foram escolhidos secretário e tesoureiro. Vários prefeitos de cidades que integram a Frente – inclusive, da atual diretoria – afirmam que vão questionar o resultado na Justiça. Isso porque boa parte dos associados sequer foi convocada para a eleição e aqueles que conseguiram o link, foram impedidos de entrar na reunião online.

Outra irregularidade é que para uma nova eleição deveria ser via edital de convocação público com 10 dias de antecedência, o que não houve. A eleição aconteceu pela plataforma do Google Meet. Segundo o Tempo, “a eleição de Kalil é o esforço mais visível feito por ele até agora para tentar aumentar sua influência e popularidade em todo Estado já visando às eleições para governador em 2022”.

A Frente Mineira de Prefeitos tem cerca de 80 municípios com mais de 35 mil habitantes filiados. Alex de Freitas, ex-prefeito de Contagem, foi o último presidente da entidade.

Freitas afirma que estranhou a forma do movimento e a notícia de última hora da eleição, já que não foi procurado por nenhum prefeito solicitando a documentação da entidade: livro de atas, tesouraria, contabilidade, etc. e que estaria e está à disposição para fazê-lo para que a FMP continue cumprindo seu papel fundamental de representação e articulação das cidades polos mineiras.

Para o prefeito reeleito de Coronel Fabriciano e membro da diretoria anterior, Marcos Vinícius, que tentou entrar por mais de 30 minutos na reunião sem acesso permitido, a nova diretoria da Frente Mineira dos Prefeitos foi eleita de forma ilegítima, ilegal, abrupta e ditatorial, típicas de regimes exceção. Agride lições elementares do direito e arranha nossa democracia. “Venho a público repudiar a condução do processo. Nossa associação sempre se pautou no diálogo para resolver problemas e, através do consenso, obtivemos grandes e valorosos êxitos em favor dos municípios, não podemos aceitar este golpe”, ponderou.

 

FINS ELEITOREIROS

Ainda conforme noticiado, internamente, a eleição de Kalil é vista pela Frente como uma ferramenta para se aproximar dos prefeitos nas diversas regiões do Estado. Os gestores municipais podem ser um importante braço da campanha, já que em geral estão bem avaliados e poderiam atuar como cabos eleitorais. Segundo a DataTempo/CP2, 56,3% dos entrevistados acham que as administrações dos municípios mineiros fazem um trabalho bom ou muito bom.

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