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Família acusa funerária de enterrar jovem em ‘caixão de papelão’ no Paraná

(Reprodução/YouTube)
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O corpo de Michael David da Silva Soares, de 20 anos, foi velado e sepultado em um caixão de papelão em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O jovem morreu no domingo, após uma parada cardiorrespiratória. A baixa qualidade do atendimento e do caixão gerou revolta dos familiares e moradores da região.

Após a morte, a família foi procurada com a opção de realizar um velório particular, que custaria até R$3 mil ou utilizar o serviço funerário da Prefeitura de Ponta Grossa. Como os parentes não tinham condições de arcar com as despesas, escolheram por utilizar o serviço da administração municipal.

“Meu filho era muito vaidoso. Ele estava sujo no caixão e não trocaram nem a roupa dele. O caixão de papelão foi o pior. Parecia que a gente estava guardando um sapato dentro de uma caixa. Estou chocada com o que fizeram com ele”, desabafa a mãe de Michael, Edicleia Lopes da Silva.

O responsável pela funerária Rio Branco, Ivo Nei, afirmou ao UOL que o caixão estava no mostruário da prefeitura e não é feito totalmente de papelão. “A urna é biodegradável e simples, utilizada principalmente nas cremações. É um caixão com madeira no fundo e somente com a tampa de papelão. Ele é utilizado apenas em serviços gratuitos e feito por uma empresa da região”, diz.

Procurada pelo UOL, a Prefeitura de Ponta Grossa afirma que o Departamento de Serviço Funerário, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, notificou a funerária para que preste informações sobre o caso e esclareça se houve cumprimento das determinações na legislação vigente. Em caso de irregularidade, o estabelecimento poderá ser multado ou ter a permissão suspensa.

“Não tenho mais forças. Perdi o meu filho e sofremos essa humilhação. Até agora, ninguém me procurou para pedir perdão. O Michael sempre teve uma doença que inchava o corpo, sofria muito desde pequeno e não merecia essa falta de consideração”, finaliza Edicleia. 

Ainda sobre a qualidade do material utilizado, a Prefeitura afirma que a legislação estabelece que sejam utilizadas urnas simples, resistentes, sem verniz, com seis alças duras, além de ter a caixa forrada e com quatro chavetas. 

Atualmente, são sete empresas conveniadas que fornecem caixões de graça para famílias carentes que estão cadastradas no CadÚnico em Ponta Grossa. 

 

Europa e EUA têm enterros ‘ecológicos’

Muitos cemitérios da Europa já adotam os caixões ecológicos para reduzir os impactos ambientais gerados durante os enterros.

Em um cemitério municipal em Niort, na França, por exemplo, os caixões só podem ser de madeira não tratada ou de papelão, já que os materiais se decompõem mais rapidamente.

Algumas funerárias dos Estados Unidos também oferecem caixões feitos com jornais reciclados.

Fonte: Uol

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