Search
Close this search box.

Homem negro é obrigado a ficar de cueca para provar que não roubou em mercado

(Reprodução/Twitter)
WhatsApp
Facebook
LinkedIn
Twitter
Telegram

Caso foi registrado como constrangimento. Rede de supermercados disse que afastou funcionários envolvidos na revista do cliente

Um homem de 56 anos diz ter sido obrigado a tirar parte da roupa em um supermercado de Limeira, em São Paulo, para provar que não tinha furtado nada da loja, nesta sexta-feira (6/8). Um vídeo registrou o momento. Nas imagens, é possível ver o homem chorando e muito rodeado de seguranças. Um boletim de ocorrência foi registrado por constrangimento.

Ao jornal EPTV, a esposa do homem disse que o marido tinha ido ao supermercado pesquisar preços e, por ter saído sem comprar nada, foi abordado por funcionários do estabelecimento.

O caso aconteceu na rede atacadista Assaí. Por nota, o supermercado disse que afastou o segurança envolvido na ação, imediatamente, e nesta segunda-feira foi feito o desligamento dele. Além disso, a rede disse abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu e que entrou em contato com a família do cliente para prestar assistência. “O Assaí combate a violência, a intolerância e a discriminação, sejam elas de qualquer natureza, por meio de ações de conscientização, treinamento, compromissos públicos e manuais internos com orientação para os colaboradores e rede de relacionamentos, todos baseados no código de ética e na política de direitos humanos e de diversidade. No último semestre foram realizadas mais de 24 mil horas de treinamento sobre estes temas aos funcionários. A cia reitera que não tolera abordagens que fazem qualquer juízo de valor em relação à classe social, orientação sexual, raça, gênero ou qualquer outra característica”, diz a nota.

Outros casos

Em 2020, um homem negro foi morto dentro de um supermercado da rede Carrefour em Porto Alegre. Na semana passada, a rede foi condenada a pagar cerca de R$ 3 milhões em honorários aos advogados da Educafro e do Centro Santo Dias, entidades civis que participaram da elaboração do acordo firmado após a morte de João Alberto Silveira Freitas. O acordo foi firmado em R$ 115 milhões, o maior já fechado no Brasil por questões raciais, e será usado para ações de combate ao racismo.

Nota completa Assaí

“A empresa se desculpa pela abordagem indevida que causou o constrangimento ao sr. Luiz Carlos na última sexta-feira na unidade de Limeira. A companhia recebeu com indignação as imagens dos vídeos e se solidariza totalmente com o cliente. Como decisão imediata, ainda no final de semana, foi aberto um processo interno de apuração, realizado o afastamento do empregado responsável pela abordagem e, hoje, concluído o seu desligamento. A companhia também entrou em contato com a família do cliente, tão logo soube do ocorrido, se desculpando e se colocando à disposição para qualquer necessidade que ele tenha. Outras providências necessárias serão tomadas tão logo a investigação estiver encerrada. O caso deixa a companhia certa de que precisa reforçar ainda mais os processos com a loja em questão e todas as demais.

A empresa repudia qualquer ato que infrinja a legislação vigente e os direitos humanos. Considera o respeito como uma premissa fundamental para a boa convivência entre todos(as). O Assaí combate a violência, a intolerância e a discriminação, sejam elas de qualquer natureza, por meio de ações de conscientização, treinamento, compromissos públicos e manuais internos com orientação para os colaboradores e rede de relacionamentos, todos baseados no código de ética e na política de direitos humanos e de diversidade. No último semestre foram realizadas mais de 24 mil horas de treinamento sobre estes temas aos funcionários. A cia reitera que não tolera abordagens que fazem qualquer juízo de valor em relação à classe social, orientação sexual, raça, gênero ou qualquer outra característica. O Assaí está ciente do seu papel e sua responsabilidade perante a sociedade, os mais de 50 mil colaboradores e milhões de clientes que passam diariamente em nossas lojas – por isso, valoriza e respeita a diversidade em todas as suas formas de expressão.”

Fonte: Correio Braziliense

COMPARTILHE:

publicidade