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O retorno das coligações partidárias: uma má ideia

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A união faz a força, certo? Não necessariamente. Pelo menos não no caso de candidaturas proporcionais. Uma grande conquista das últimas reformas eleitorais foi o fim das coligações entre partidos para as eleições de vereadores, deputados e senadores. E agora, há a possibilidade do retorno desses agrupamentos partidários. Mas o porque isso seria ruim? Vou te explicar.

Antes, vários partidos faziam coligações para aumentar as chances de chapas de candidatos se elegerem. Mas o que não te dizem sobre isso são: Os partidos abusam das brechas e, por exemplo, cumpriam a cota de candidatas mulheres colocando-as em um único partido. Além disso, via-se muitas coligações entre partidos com ideologias totalmente diferentes. Era apenas uma jogada pelo poder.

Além disso, as negociações, em dinheiro e outros métodos nada republicanos, rolavam solto na época das coligações. Então, os partidos se vendiam por esses apoios. Seja por cargos ou outros interesses obscuros.

Outro fato que os partidos não dizem é que sempre há os “cabeças de chapa”. Ou seja, os diretórios dos partidos já sabem quais os candidatos com mais chance de vencer uma eleição, fazendo investimentos apenas nestes proponentes, normalmente, pessoas já com mandatos. Dessa forma, reduzindo ainda mais a chance de renovação política.

As consequências do fim das coligações, pelo menos nas eleições municipais, foram mais candidatos, principalmente para as chapas majoritárias. Outro resultado foi um maior cuidado dos partidos em conseguir pessoas interessadas em participar da política para compor as chapas delas, em vez de só colocar nomes para “cumprir tabela” ou “encher linguiça”.

É sempre assim, as grandes mudanças em reformas eleitorais são feitas com testes nas eleições municipais. E se não for favorável para a classe política em vigor, se retorna ao “sistema” que os favorecia antes. Por isso o interesse no retorno das coligações. E eu te digo: É uma péssima ideia.

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