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A arte da cortina de fumaça

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Encobrir sua movimentação, chamar atenção para outro lado, despistar o inimigo. A cortina de fumaça é um artifício usado desde o nascimento da política por si própria. O próprio Sun Tzu, no livro milenar A Arte da Guerra já orientava para sempre buscar confundir seu inimigo e usar métodos do tipo para ter a vantagem, em manobras, tanto no ataque, quanto na defesa dos exércitos.

Na política, ela é comum. Chama-se a atenção para algum fato de menor importância ou um fake news por exemplo. Ou até mesmo algo que seja uma crise provocada de forma intencional. Tudo isso para desviar a atenção de adversários políticos, mídia e população em geral de outros fatos mais desgastantes.

Um exemplo de cortina de fumaça pode ser a questão do voto impresso auditável, que foi reprovado pelo Congresso nessa semana. Mas não se engane que o presidente Jair Bolsonaro está decepcionado com a derrota, pois ali, o resultado já era esperado. A rejeição da proposta era tudo que Bolsonaro precisava.

Ali, ele desviou o foco de outros assuntos mais impactantes para o governo dele, como a CPI da Covid ou a aproximação com o Centrão, nomeações de ministros, sem contar questões econômicas, que pesam muito na decisão do voto do eleitor comum. A rejeição desse voto “auditável” possibilita Bolsonaro a inflar ainda mais suas bases eleitorais e preparar melhor o terreno para suas próximas ações visando as Eleições de 2022.

Mas antes que você me acuse de ser um “esquerdalha” por falar do Bolsonaro, lembro também que as Cortinas de Fumaça também eram usadas por todos os governos anteriores. Temer, Dilma, Lula, FHC, Itamar, Collor e por ai vai. Não estou aqui para discutir ideologias, mas sim comunicação política. E é comum no meio usar esse artifício, seja para se defender ou para tomar uma ação que vá causar impopularidade. Então, dos males o menor.

Saber usar a cortina de fumaça é uma arte e deve ser feita com maestria, pois senão, terá que gerenciar duas crises em vez de apenas uma.

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